Normalmente, os jogos de luta, focam mais na jogabilidade e nos
visuais e carismas dos personagens, deixando história um pouco de lado.
Porém na minha opinião, uma boa história faz
diferença sim em um jogo de luta.
É claro que a jogabilidade é o aspecto mais importante
de um game, mas ter um bom roteiro e bons personagens
ajudam á aumentar a popularidade dele.
Sim, pode parecer besteira minha querer profundidade em roteiro
de jogos de luta, mas games como Mortal Kombat e King of Fighters
desenvolvem bem as suas histórias.
Então agora, eu vou analisar superficialmente
os enredos dos principais jogos de luta
e dizer na minha opinião o que tem de bom
e de ruim neles.
Street Fighter
Street Fighter é com
certeza o jogo de luta mais famoso do mundo, porém entre
as franquias principais (Mortal Kombat, KOF, Tekken),
ele é o que tem a pior história.
Não me entendam mal, eu não considero a história
do Street Fighter horrível, só acho meio
básica demais e muito bagunçada.
Sim, alguns personagens tem um desenvolvimento
legal, como Ryu, Chun-Li, Guile, Cammy, Sakura
e até o Balrog em games mais recentes, mas outros
são meras piadas, com histórias fracas que não
acrescentam nada á trama principal, personagens
como Hakan, Rufus, Abigail, Birdie e etc.
Sem falar em personagens que tinham potencial
e nunca foram bem aproveitados e outros que são
piores pois foram literalmente diminuídos pra
gerar um humor forçado e artificial, como é o caso
do Honda e mais recentemente do Zeku, o ninja mestre
do Guy.
Do meu ponto de vista Street Fighter se auto sabota.
Ele tem potencial para ter uma história melhor elaborada,
mas parece que os produtores não gostam de arriscar
e continuam com o básico, o que é uma pena.
Mortal Kombat
Mortal Kombat sempre teve um roteiro mais elaborado do que a
média dos jogos de luta.
Se inspirando em filmes de artes marciais e ficção científica
os jogos quase sempre abordam a ideia de um torneio ou guerra
pra decidir o destino da Terra.
Os games costumam também desenvolver bem os seus personagens
além de mero estereótipos.
Claro, nem tudo é perfeito, a história tem os seus deslizes
e personagens ruins.
E ficou tão confusa e bagunçada que os produtores foram
obrigados á dá um reboot nela (e pelo visto vai rolar outro em
um futuro próximo).
Mas apesar dos problemas, no geral considero a história
de MK melhor resolvida do que a do Street Fighter.
The King of Fighters
A principal influência para Street Fighter sair um pouco
da sua zona de conforto e investir em uma história mais elaborada,
com certeza foram os jogos da SNK.
Fatal Fury e Art of Fighting investiam em histórias
dignas de filmes de artes marciais dos anos 80 e 90.
Já Samurai Shodown e mais tarde King of Fighters
tem tramas com uma pegada enorme de anime
shonen.
Esse maior cuidado no roteiro chamou atenção.
Tanto que boa parte dos jogadores ficavam curiosos pra saber
o que iria rolar no próximo game da série, quase como se fosse
a temporada nova de um anime ou mais um filme de uma longa
franquia.
Queria que todas as franquias tivessem esse mesmo cuidado
com as suas histórias.
Sim, KOF também tem defeitos, a saga Nests teve um final ruim
e não é todo mundo que gosta da leva de jogos protagonizadas
pelo Ash Crimson, mas na minha opinião, eles mais acertaram do que
erraram.
Tekken
na história.
A maioria dos personagens tem arcos interessantes e são desenvolvidos
e o mais curioso é que os protagonistas de Tekken, Kazuya, Jin e Heihachi
são ao mesmo tempo os vilões da história.
A história ser protagonizada por personagens com atitudes
odiosas ou mínimo questionáveis e o que diferencia Tekken
do enrendo da maioria dos jogos de luta.
Outro ponto á se elogiar é a sua linha do tempo bem
definida e bem diferente da bagunça de Street Fighter
e Mortal Kombat.
Claro, Tekken também tem os seus erros, personagens ruins
que não ajudam pro enrendo e outros problemas, mas
no geral ele ainda é uma das franquias com o melhor
roteiro.
Virtua Fighter
Colocar Virtua Fighter aqui foi meio complicado por um simples motivo:
Os jogos praticamente não tem história.
Sim, eles tem alguns conceitos, algumas sinopses para
os personagens, mas nada muito aprofundado.
Para realmente saber mais dos personagens é necessário
ler os manuais ou hoje em dia Wikias sobre eles.
Sério, eu sempre achei esse ponto meio deficiente em Virtua Fighter.
O elenco tem sim carisma, mas essa quase total falta de história
incomoda.
Pra falar a verdade o game que contaria a história, pelo menos
a do protagonista Akira Yuki, acabou virando o Shenmue, pois é.
Virtua merecia um reboot focando mais na história ou pelo menos um
jogo novo que faça isso.
Dead or Alive
Dead or Alive não é famoso por sua história, na verdade
a última coisa que as pessoas que conhecem o jogo costumam
pensar é no seu roteiro, já que a franquia é conhecida graças
ao seu enorme fanservice.
Sim, lutadoras peitudas e seminuas saindo na porrada é
assim que DOA é conhecido.
Porém ele tem sim uma história.
Ela não tem nada demais, bem básica e cheia
de clichês de anime, mas ela tá lá.
Poderia ser melhor, mas não é ruim.
Killer Instinct
franquias ocidentais a conseguirem bater de frente com as japonesas.
E apesar de terem temática similares com uma pegada mais sombria
e violenta, MK e KI não são tão parecidos em história.
Enquanto Mortal Kombat vai pra um lado mais místico,
Killer Instinct tem um estilo mais de ficção científica e a sua trama
lembra mais as HQs de super-heróis dos anos 90 (apesar do misticismo
ainda está presente).
E é justamente isso que eu acho o charme de Killer Instinct.
As outras franquias que citei antes tem histórias com mais cara de anime,
MK é uma mistura de filmes de artes marciais e ficção científica e magia,
como se Bruce Lee se encontrasse com os Aventureiros do Bairro Proibido
e Exterminador do Futuro, já KI parece pelo menos pra mim aquelas
HQs da Image dos anos 90 e eu curto esse diferencial, até mesmo
o jogo mais recente da franquia ainda tem isso.
Pra falar a verdade esse é o game que inspirou essa postagem.
Enquanto os jogos de lutas no geral ainda tinham roteiros
relativamente simples, o Eternal Champions da Sega foi o
primeiro á ter uma história super elaborada, mais até que
Mortal Kombat.
Guerreiros de diversas eras que tiveram mortes prematuras
e que através de uma entidade cósmica chamada
Eternal Champion (a fusão do Geese Howard com o Doutor Manhattan)
podem ganhar uma segunda chance de viver e ainda mudar a história
da humanidade.
Isso não é algo que se ver sempre em um jogo de luta, sem falar
que cada personagem tinha um perfil e uma história pessoal
ultra detalhados.
Porém apesar da Sega caprichar na história ela errou na execução.
O jogo é difícil demais e injusto e com a visão que temos hoje
Eternal Champion poderia ter ser saído melhor como jogo de arcade.
Porém é inegável que dos jogos de luta do período, ele é um dos que
tem o melhor enrendo.
Enfim, essa foi a minha postagem pra falar que na
minha opinião como já disse no começo do texto, sim, história faz diferença em
jogo de luta.
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